Conforme observa Delanne Lavarini no programa desta semana, a moral proposta pelo Espiritismo é a mesma moral apresentada por Jesus conforme escreveu Kardec. Assim, a doutrina espírita pode ser considerada uma doutrina cristã, no sentido de que os princípios fundamentais do Espiritismo e as suas consequências morais expressam o pensamento de Jesus.
Para não deixar dúvidas sobre as relações entre o Espiritismo e o pensamento cristão, afirma Kardec quando fala de Mozart mostrando a grandeza desta comunicação:
O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da Natureza, que revela, tudo quanto o Cristo disse e fez; elucida os pontos obscuros do ensino cristão, de tal sorte que aqueles para quem eram ininteligíveis certas partes do Evangelho, ou pareciam inadmissíveis, as compreendem e admitem, sem dificuldade, com o auxílio desta doutrina; vêem melhor o seu alcance e podem distinguir entre a realidade e a alegoria; o Cristo lhes parece maior: já não é simplesmente um filósofo, é um Messias divino.”
Conforme Kardec sugere que Jesus se relaciona de forma muito especial com o Espiritismo. Podemos, de forma resumida, descrever o que representa Jesus para Kardec e para o Espiritismo: Jesus sem duvidas é com certeza a alegria dos homens.
Jesus foi e sempre será a boa nova de grande alegria para os corações humanos. Também nós experimentamos os júbilos da sua divina anunciação. Àquela época, o mundo carecia de direção e paz, orientação e amor; Jesus veio e inaugurou uma nova era de esperança e felicidade. Era o nascimento do Cristo de Deus para alegria de todos e para todo o sempre. Contudo, se as boas novas eram de grande alegria, por que a recomendação angelical para que “não temêssemos”? Se os pastores se atemorizaram diante do resplendor da luz gloriosa, parece que nós, de igual modo e nas circunstâncias mais diversas, temos tido grande temor ante ao chamado renovador que Jesus tem nos fito. Se Ele nos oferece a sua alegria, porque nos vemos, muitas vezes, tão temerosos em abraçá-la? É verdade que a alegria de Jesus implica a construção de novos sentimentos e posturas diante dos desafios do mundo, mas se nossos temores são o “medo de trabalhar, medo de servir, medo de fazer amigos, medo de desapontar, medo de sofrer, medo da incompreensão, medo da dor e medo da alegria”. Jesus, alegria dos homens.
Produção independente – apoio TV Jornal da Cidade – Direção Geral: Neilo Machado
Reedição: Vinícius Domingos – Suporte: Anderson Campos
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