O Arcebispo Guardião Geral da Fraternidade Católica Anglicana dos Filhos de Assis, Frei Dom Sebastião Costa de Lima mostra neste programa que a Igreja por sua fé católica, que professa sua fé em um só Deus, o único ao qual é devido o culto de adoração também venera seus santos. Por isso, não demorou muito para que a estrutura do Panteão fosse transformada pela igreja de roma. O templo foi dedicado a Santa Maria dos Mártires no dia 13 de maio, e transferiram-se para o lugar numerosíssimas relíquias dos primeiros mártires da Igreja.
E não poderia haver associação mais apropriada do que essa. Deixando de cultuar o panteão da Antiguidade, os romanos passaram a venerar, desde então, a memória dos seus mártires religiosos.
Para estes, o culto e a intercessão dos santos teria surgido entre os cristãos.
Santo (do termo latino sanctu, “estabelecido segundo a lei”, “que se tornou sagrado”), ou seja, que está conforme os preceitos religiosos e a divindade (Salmos 15/16, 3) (Mateus 5, 3-12).
Para o cristianismo católico, “santo” é todo aquele que já está no céu, junto de Deus, aguardando a parúsia (segunda vinda de Cristo) (Apocalipse 5, 7-10 e 8, 2-4). Aqueles que a Igreja Católica reconhece como santos, através da canonização, são as pessoas que desempenharam uma obra admirável, ou cuja vida serve de testemunho aos demais católicos (1 Cor 12, 31).
Na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana, pessoas reconhecidas por virtudes especiais podem receber, também, o título de Santo, porém a Igreja Católica de Roma foi a que mais gerou santos na sua História. Esse título denota que, além de grande caráter, a pessoa está na graça de Deus (no Céu), mas a falta desse reconhecimento formal não significa necessariamente que o indivíduo não seja um santo.
Aqueles santos que não possuem o reconhecimento formal da Igreja Católica recebem o título de Santos Anônimos. Para celebrar a honra desses santos, foi instituído o Dia de Todos-os-Santos pelo Papa Gregório III.
Na Igreja Católica Apostólica Anglicana Unificada, algumas pessoas são, oficialmente, reconhecidas como santos. Elas são vistas como tendo feito algo de extraordinário ou tendo uma especial proximidade com Deus. A veneração dos santos, em latim cultus, ou o culto dos santos, descreve uma especial devoção aos santos populares. Embora o termo “culto” seja, frequentemente, utilizado, significa apenas prestar honra ou respeito.
Na doutrina católica, uma vez que Deus é o Deus da Vida, os santos estariam vivos no céu, podendo por isso interceder ou orar junto a Deus por aqueles que estão ainda na terra. A Igreja Católica baseia sua crença no dogma da comunhão dos santos e na passagem bíblica “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens” (ITimóteo, 2. 1).
Um santo pode ser designado como um santo padroeiro de causas específicas ou profissões, ou invocado contra doenças específicas ou catástrofes, mas isso é somente pensamento popular, não sendo uma doutrina oficial da Igreja. Os santos não têm poderes próprios, mas apenas que os concedidos por Deus.
O processo de reconhecimento oficial de um santo é chamado, na Igreja Católica, de canonização. Isto só pode ter lugar após a sua morte uma vez que, segundo os princípios do Catolicismo mesmo a mais santa pessoa viva pode cair em pecado mortal até o último momento. Por este motivo, existe um processo lento para uma pessoa ser canonizada santa, mais no sentido de evitar a pressa e permitir um amplo tempo de reflexão sobre a vida da pessoa para que a mesma seja proclamada oficialmente santa. A elas Dom Sebastião fala de devoção e respeito.
Direto da Redação com imagens e edição de Vinícius Domingos
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