Embora a liturgia da Igreja Episcopal Anglicana pareça similar à católica romana, ela possui tradições peculiares do cristianismo das Ilhas Britânicas e são independentes do Vaticano e da Sé de Roma.
Ao recitar o credo tradicional. Consideram-se católicos no senso de serem parte da igreja universal “una, santa, católica e apostólica”. Parte de uma tradição que remonta aos tempos dos apóstolos.
A Igreja da Inglaterra, herdeira de tradições do cristianismo das Ilhas Britânicas, foi assimilada gradualmente pela Sé de Roma, a partir do envio de missionários àquela região, no século VII. Entretanto, ali já havia uma rica tradição cristã celta, a qual permaneceu como substrato do anglicanismo desde aquela época. Durante boa parte da idade média, a Igreja da Inglaterra preservou sua autonomia dentro do Cristianismo Ocidental. A separação definitiva veio na época da Reforma, é verdade, mas ao decidir preservar a sucessão apostólica e demais tradições da Igreja indivisa, manteve sua catolicidade, embora haja grupos dentro do anglicanismo que abraçam conceitos teológicos similares ao protestantismo. Esse meio-termo (chamado via media) entre as tradições cristãs é considerado por muitos um charme do anglicanismo, e uma prova do caráter verdadeiramente ecumênico da igreja.
Algumas províncias da Comunhão Anglicana levam o nome de “Igreja Episcopal”, enquanto outras, de “Igreja Anglicana”. Todas, entretanto, seguem a mesma origem e tradições comuns. O modo de ser anglicano é moldado pela oração comum tornando-se um povo que reza de forma igual, através de uma versão contemporânea do Rito de Sarum, adaptada do Livro de Oração Comum.
Entretanto, não possuem rubricas específicas sobre vestes, gestual e procedimentos litúrgicos. O jeito de ser anglicano entende que a congregação tem liberdade para ter ou não elementos com os quais ela esteja confortável. É por isso que encontramos paróquias evangélicas, com uma liturgia austera e centrada na pregação, e onde o sacerdote usará provavelmente apenas uma estola sobre a alva (túnica). Também possuem paróquias ditas anglocatólicas, onde a riqueza da liturgia é revivida com incenso, acólitos, vestes, canto litúrgico tradicional e destaque especial à experiência eucarística.
Os símbolos transmitem mensagens que muitas vezes um texto não consegue. Todos nós conhecemos alguns símbolos, talvez o mais famoso deles seja a bandeira de uma nação. Os símbolos também contam histórias e mostram significados importantíssimos. Na Igreja Anglicana, todos os símbolos utilizados contam um pouco da história do Cristianismo e mostram o amor de Deus para com os homens. Cruzes, vestes sacerdotais, velas, gestos, tudo isto compõe a liturgia que acontece de forma solene e bonita.
A música para os anglicanos é oração. É uma das formas através das quais oferecem louvor a Deus. Algumas das paróquias possuem corais conhecidos no meio religioso. Além disso, possuem um hinário com composições tanto da Igreja indivisa quanto do protestantismo, bem como cancioneiros contemporâneos.
Quanto a sua diversidade a comunidade é composta por diferentes tipos de pessoas: Ricos e pobres; brancos, negros, índios e mestiços; estudantes e idosos; solteiros e casados; de diferentes orientações sexuais. Unidos pelo amor de Cristo e pela mensagem do Evangelho.
Para concluir, o programa de hoje, realizado pelo Reverendo Ismael Hultado nos fala sobre um tema importante de uma passagem de Maria com seu filho Jesus, intercedendo junto aos convidados nas bodas de Canaã – “Fazei tudo o que ele vos disser”, devemos reconhecer que por trás de toda dificuldade que temos para sentar e refletir sobre os grandes temas da salvação, existe na humanidade histórias cheia de ódio, de desamor, de intriga e de sofrimento, porque muitas vezes não sabemos obedecer. Não é fácil fazer com que estas parcelas de responsabilidades (pela falta de humildade) do corpo de Cristo reconheçam sua importância perante os homens de boa vontade. O reverendo Ismael nos leva a uma importante reflexão sobre este primeiro milagre acontecido em um casamento na Galileia na qual mãe e filho participaram. Quando devemos olhar para o Colégio Apostólico com outros olhos e entender cada significado deste momento de alianças onde o amor parece ter petrificado precisando ser resgatado para promover a vida cidadã e o amor fiel entre as pessoas.
Naquele tempo houve um casamento, a mãe de Jesus estava presente, também Jesus e seus discípulos, estavam porque foram convidados, e em determinado momento, no auge da festa faltou vinho, e bastou uma ordem, e uma obediência para que o milagre acontecesse. Ali estavam entre homens diferentes; com panos de fundo diferentes; origens diferentes e temperamentos diferentes. Mas eles tinham duas coisas em comum: o desejo de cumprir a Missão que seu Senhor lhes dera e a presença de Maria entre eles. Como uma mãe preocupada com o bem-estar dos filhos, O Reverendo nos brinda hoje com a mesma orientação que Maria deu àqueles que estavam nas bodas de Caná e que serve de texto base para estas “Palavras de Fé” que estamos apresentando na TVJC: “fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2:5).
Se conseguirmos, ainda hoje, ouvir as instruções da Virgem, com certeza não faltará alegria (vinho) entre os convidados para a festa (do Reino). Que o exemplo da Bem-aventurada Virgem Maria e as palavras de fé do Reverendo Ismael Hultado nos inspire a todos e nos faça mais consagrados ao serviço da vida e da esperança crendo e obedecendo a liturgia empenhada.
Direção: Neilo Machado – Produção e Imagens: Anderson Campos
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