A leitura de Levítico de hoje destaca a importância do amor ao próximo. Toda a comunidade precisa buscar viver esse ideal. Essa condição em todos, precisa ser verdadeira, para que em meio aos conflitos da vida, o ser humano consiga amar e não cultivar em seu coração o ódio e ao rancor.
É preciso que o ser humano respeite o seu próximo e assim não se feche em seu próprio orgulho. Quem vive para o Cristo desde já deve viver em prol do amor. É isso que Deus espera de cada um de seus queridos filhos. O fundamento da ordem humana é que sejamos modelo de vida, cada um se abrirá ao divino, vivendo de forma amorosa para com seus irmãos desde já.
A Carta de São Paulo aos Coríntios na segunda leitura aponta para uma realidade além desta. O apóstolo diz que não nos pertencemos, mas somos de Deus, somos santuários onde habita a graça que vem do alto. sso testemunho cristão precisa evidenciar esta constante busca pela sabedoria divina. Quando a verdade de Deus penetra em nossos corações, não há espaço para divisões, brigas e rancor. A sabedoria do mundo é enganadora e rompe com a lógica do amor.
O Evangelho de hoje está inserido no Sermão da Montanha, um conjunto de palavras que formam o manifesto do Messias Salvador, a mensagem para o novo povo de Deus. São discursos exigentes e questionadores, pois fazem com que o ser humano reflita profundamente em suas atitudes e gestos.
Fica evidente na mensagem a tentativa de estabelecer uma trégua frente a violência, limitando as agressões. Jesus a atualiza, dizendo que para se vencer o mal é preciso agir pela força do bem. Portanto, é necessário quebrar o círculo de ódio e da vingança. O Cristo, nos adverte que, toda manifestação do Reino, deve ser baseada no perdão e no amor, toda violência de qualquer natureza precisa ser superada em prol da amizade e da convivência um com o outro.
Precisamos irmãos, refletir esta mensagem desse sermão e compreender que em Cristo a verdade sempre será finalmente revelada, e que o bem sempre vencerá as forças do mal. No momento oportuno, Abraão foi chamado para constituir um grande povo. Com Moisés e com os profetas podemos ter a ideia de um único Deus vivo e verdadeiro, caminhante com seu povo. Finalmente, em Cristo, o Verbo eterno, fala a toda a humanidade com as palavras de Deus, que se faz conosco, para nos libertar de todas as trevas do pecado e da morte. Já não estamos mais atrelados a lei mosaica, mas em Cristo somos interpelados a viver de forma plena a lei do amor, a lei que salva.
Entre o real e o ideal, existe um abismo na condição humana. Porém, Jesus não nos abandona. O próprio salmista entoa esta bondade e compaixão de Deus para conosco, dizendo que o Pai perdoa e cura os nossos pecados, que nos fazem “doentes na fé”.
Para além da gravidade dos nossos erros, o Senhor é paciente e, “como um Pai, se compadece de seus filhos”. Peçamos o Espírito Santo, a graça de a cada dia sermos mais santos e a imitar aquilo que Jesus nos ensinou um dia: “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem.” No fim veremos que todo amor vivenciado não terá sido em vão, pois quando se “perde” tempo com aquilo que vem de Deus, “ganha-se” um tesouro que não pode ser medido por nenhuma sabedoria humana.
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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