O amor de Deus pelos homens se revela de modo dramático, mas por fim, é sempre o amor que triunfa sobre a recusa e a infidelidade do homem. Assim sob forma de parábola, na qual a vinha representa Israel e o amado representa Deus, tem-se um discurso de acusação, movido pelo amigo de Deus, o profeta.
As atenções dadas à vinha são as mesmas que Deus dá à sua Igreja. Cristo amou e ama sua igreja!. O julgamento que Deus faz sobre a vinha se efetua em público. Enfim, a condenação da vinha é a maldição prometida aos servos infiéis. A figura da vinha, como narrada em forma de parábola se torna como que um exemplo da história da salvação, do modo de agir de Deus perante seu povo e o mundo inteiro.
Então é preciso esclarecer a parábola do Evangelho de hoje, muito comum aos três sinóticos (Mc 12,1-12; Lc 20,9-19). Mateus, porém, sabe dar-lhe uma característica pessoal:
1º) Organiza a narrativa de modo a provocar explicitamente o julgamento dos interlocutores contra os vinhateiros, fazendo com que se volte imediatamente contra eles;
2º ) Além de afirmar com Mc e Lc que o filho, morto fora da vinha (Hb 13,12), tornou se pedra angular, expõe explicitamente a ideia de povo a ele conectado, enfim, acentuando a ideia dos frutos: para Israel, o tempo de Jesus devia ser o tempo dos frutos, isto é, o tempo do Reino , mas Israel não o acolheu; por isso, a vinha, o reino, foi tirada de Israel dada a outros, a um povo (a Igreja) que a fará frutificar. Uma igreja de “braços cruzados” é inconcebível. Comparando que o Cristo morreu de braços abertos.
Vemos assim, imediatamente, a diferença entre a primeira leitura e o evangelho; enquanto, segundo o profeta, Deus abandona a vinha que não produz frutos, na parábola ela é confiada a outros “vinhateiros que lhe darão os frutos a seu tempo”. Desse modo é indicada a tarefa da Igreja depois da morte de Jesus.
A Igreja é o novo povo que tem a missão de “dar frutos”. Por isso, tomou o lugar de Israel e o tomou por ocasião da Páscoa, quando “a pedra que os construtores haviam rejeitado tornou-se pedra angular”. Esta pedra é Jesus, que, rejeitado e crucificado, agora ressuscitou, e se torna o fundamento estável sobre o qual deverá apoiar-se toda construção futura.
Essa palavra do Apóstolo Paulo é muito animadora e encorajadora. Alegrai-vos no Senhor, ele nos diz. A alegria é uma constante no coração do cristão. Coração este que é espaço do Espírito Santo. Fala também que não adianta deixar as tristezas e preocupações tomarem conta dos nossos corações e pensamentos.
O cristão vence pelo poder e força da oração. “Em qualquer circunstância, apresentai a Deus vossas necessidades, pela oração (comunitária), no momento da súplica, juntamente com sentimentos de gratidão”.
Na ação litúrgica, a comunidade eleva sua súplica a Deus (como acontece em todas as celebrações durante a oração dos fiéis), não se esquecendo de agradecer-lhe por tudo, mesmo pelas perseguições e outros desafetos que a vida nos proporciona, justamente para experimentar nossa fé. O que é especificamente cristão vem da convicção de que não é possível obter sucesso sem a oração, sem estar vigilante.
A alegoria da vinha inaugura o tema das núpcias de Javé com Israel, tema que voltará frequentemente na literatura bíblica. Às vezes, Israel é designado como vinha, outras vezes, como a esposa acariciada e depois repudiada. Neste cântico de Isaías, as duas linhas se misturam perfeitamente, através de uma superposição de imagens. A intervenção do profeta lembra o papel do amigo do Esposo e assim sucessivamente.
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predileta de Deus, o povo de Israel. Estes vinhateiros hoje, sou eu, é você meu irmão, minha irmã, a quem Jesus encarrega a missão de cuidar da vinha de Deus, seu Pai.
Lembro a todos que no momento da colheita, em vez de apresentarem os frutos ao dono, que é Deus, eles quiseram apropriar-se deles e maltratam os profetas que lhes foram enviados. E hoje não acontece a mesma coisa?
Não nos apropriamos da vida de outros, tirando-lhes o que não nos pertence, e como homens de Deus que tem a obrigação de dar exemplos, ao invés de os proteger e fazê-los crescer em estatura e graça segundo o projeto do Criador? Roubamos, traímos, mentimos e cometemos mil e uma orgias pensando apenas em nosso bem estar pessoal.
No Evangelho, Jesus fala-nos abertamente: o Reino nos será tirado e entregue a outros, se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades. Se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem! Nossos sonhos e projetos estarão fadados a ruir.
«Finalmente», Deus nos enviou o seu próprio Filho, que é Jesus que nos está falando. É a última oportunidade que Deus nos oferece para que nos tornemos seus colaboradores na obra da salvação. Não acontece exatamente o que a parábola dizia sobre os vinhateiros malvados: compreenderam que eram eles os visados e procuravam prendê-lo.
Veja que, como os vinhateiros conduzidos habilmente por Jesus, eles mesmos tiraram conclusões das consequências de tal ato: o dono, que é Deus, «Dá morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos no tempo devido, no tempo combinado». Assim eu, assim você precisamos tomar consciência que se nós não fizermos render os talentos que recebemos de Deus teremos o mesmo destino. E aquilo que angariamos, nos será devidamente roubado.
Os novos vinhateiros, os pecadores, os pagãos, os criminosos, os exploradores, alcoólatras, os prostitutos, os excluídos que acolhendo a mensagem os chama a rasgar os seus corações e não as vestes, a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados convertidos, são lobos fantasiados de ovelhas, se tornam verdadeiramente os cultivadores de uma nova vinha, falando, anunciam e pregando ferozmente Paulo. Àquele que antes tinha perseguido; São os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, e não serão cortados nem lançados no fogo eterno.
Oxalá, minha irmã meu irmão não tenhas a sorte dos vinhateiros retratados por Jesus neste evangelho de hoje. Mas sim, a daqueles que, assumindo a sua vocação se tornam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica! Defender o Reino dos Céus!
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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