A Leitura do Deuteronômio evidencia a ação do profeta, aquele escolhido por Deus e enviado para testemunhar em meio aos homens os desejos divinos. Este livro, conhecido por “Livro da Lei”, quer levar para todo o povo de Deus, o compromisso firmado num dia e que será para todo o sempre. Uma aliança inquebrantável. Deus amou e escolheu esse povo e agora quer caminhar junto.
Em Moisés, tem-se o modelo dos profetas, escolhido por vontade divina, aquele que ajudará o povo a entender os desígnios de Deus em sua caminhada pela vida. Portanto, as palavras ditas pelo profeta, precisam ser bem ouvidas, pois o coração que se fechar sofrerá muito e não estará junto a Deus em seus caminhos.
A missão do profeta é compreender que é preciso fazer a vontade de Deus sempre e não os próprios interesses. Quem assume realizar a obra divina precisa assumir com coragem a cada dia os ofícios requeridos na missão. Por vezes, os poderes do mundo, os lugares de destaque, os favoritismos irão se despontar e tentarão ofuscar a verdadeira ação daquele que optou em fazer a vontade de Deus.
Logo, é preciso bem ouvir a voz do Senhor, como dizia o salmista, e assim, permanecer com o coração sempre aberto para se atentar ao que é dito por Deus.
A Carta de São Paulo aos Coríntios traz uma bonita mensagem vocacional. É preciso bem escolher a que caminho seguir e assim, ser feliz nessa escolha assumida. Paulo faz um elogio ao celibato e defende o casamento. Tudo isso deverá acontecer de forma equilibrada e saudável. A comunidade de Corinto vivia problemas em relação a essas temáticas e portanto, é preciso uma orientação que promova o crescimento humano desses irmãos na fé.
Aos que escolheram o Matrimônio, vivam de forma sadia, em vista da salvação mútua. Os que escolheram viver somente pelo reino dos céus, vivam o celibato na alegria e doação. Seja qual for a vocação, faça sempre como opção livre, percebendo como dom divino e não mérito particular. Paulo destaca que as coisas deste mundo são passageiras e quem doa a sua vida de forma radical vive desde já as realidades preparadas por Deus. A vida não se torna estéril, pelo fato de não ter escolhido viver o matrimônio, mas se abre a generosidade de se doar ao outro sem reservas.
No Evangelho segundo Marcos, Jesus começa a se revelar como o libertador tão esperado. Eis que o Messias aparece para instaurar seu ministério e provocar na vida deste povo uma transformação em seu viver. Jesus participa na sinagoga da liturgia semanal de todo judeu e os participantes ficam encantados com aquilo que Jesus dizia, pois o expressado sugere evidenciar algo vindo de Deus, proveniente de ações concretas e reais.
De fato, um conhecer autêntico de toda a Lei dada por Moisés. Ora, as pessoas doentes não cumpriam a Lei, pois eram banidas da sociedade, e assim, quando Jesus restitui a sua condição humana, liberta a cada uma de tudo aquilo que as aprisionava.
Jesus, ao expulsar os demônios, dá ao homem de ontem e o de hoje a certeza de que o bem é superior ao mal. Sua ação quer chegar a todos e as testemunhas do Mestre devem ecoar sua mensagem de esperança e libertação cotidianamente.
O Reino de Deus acontece sempre quando a Palavra é proclamada e cai nos corações carentes do amor que vem do alto. Ela renova todas as coisas e transforma homens presos ao mal em pessoas novas capazes de propagar o amor divino a todos os lugares do mundo. Testemunhar com a própria vida a mensagem evangélica é ser sinal do amor deixado por Jesus em meio as realidades perenes desse mundo.
A autoridade ensinada por Jesus hoje, abre-nos à lógica do servir. Só pode ser discípulo de Jesus, quem se propõe a caminhar por esse âmbito do se doar. Quem se abre ao novo oferecido por Jesus, é capaz de perceber o quanto Deus tem a transformar o seu viver, compreendendo que mediante ao Criador, somos todos criaturas necessitadas de sua graça diariamente.
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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