Celebramos hoje, com toda a Igreja, a solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, grandes testemunhas da fé e mártires de Cristo. Eles foram muito importantes no início do Cristianismo, logo depois de Cristo, e ainda o são também hoje. Pedro recebeu o encargo de manter unida a comunidade em torno de Jesus e o ensinamento dos apóstolos. Paulo, chamado por Jesus ressuscitado enquanto perseguia os cristãos, converteu-se e dedicou a sua vida de maneira generosa e fiel ao Evangelho e à missão, até o martírio também.
Portanto, Pedro e Paulo, unidos na missão e no testemunho, agora, gozam da mesma glória junto com o Senhor ressuscitado, a quem serviram com tamanho ardor! Eles nos convidam a seguir seu exemplo. Temos também, todos nós leigos ou religiosos a missão de animar constantemente a Igreja na missão recebida de Jesus e que se realiza de muitas maneiras ao longo do tempo e nas muitas situações humanas, sociais e culturais.
É dever de todos nos católicos apoiar a missão do Papa em relação a toda a Igreja e desejar-lhe muita saúde na condução do seu rebanho. Que o exemplo e a intercessão dos apóstolos São Pedro e São Paulo nos fortaleçam na fé, na esperança, na caridade e na comunhão eclesial.
O que sabemos é que através destes dois Apóstolos a Igreja celebra este princípio que ela se apoia, sem espaços vazios e sem interrupções, sobre a pedra angular que é Cristo: “… já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus”. (Ef 2,19- 20)
Simão, como sabemos, era um pescador da Galiléia. Enquanto pescava com seu irmão André e seu pai Jonas no lago de Tiberíades, recebe o chamado de Jesus: “Vinde após mim, eu vos fareis pescadores de homens” (Mc 1,17). A partir deste momento passa a seguir Jesus. O Cristo lhe muda o nome e o chama “Pedra” (Mt 16,17-19). Recebe do próprio Cristo a missão de apascentar o seu rebanho (Jo 21,15-17) e de conduzir a Igreja (Mt 16,18-19).
É uma das primeiras testemunhas do sepulcro vazio (Jo 20,6). Vê Jesus Ressuscitado (Lc 24,34). Depois da ascensão do Senhor, toma a direção da comunidade cristã (At 1,15). Anuncia o esquema da Boa-nova (At, 2,14-41). Toma consciência da abertura da Igreja aos pagãos (At 10-11). Quando chega a Roma, Pedro torna-se o apóstolo de todos. Cumpre a missão a ele confiada de reunir num só “edifício” os judeus e os pagãos e confirma sua missão com o seu sangue.
Por sua vida e seu mandato ficou naqueles que o sucederam e na posição que ocupam, a mesma missão dada por Jesus. Neles, Pedro continua a ser a “rocha” ao redor da qual Cristo vai construindo sua Igreja.
Paulo, por sua vez, cidadão de Tarso, Judeu de grande sabedoria, estava em Jerusalém quando Jesus foi morto. Era forte perseguidor dos cristãos. Jesus ressuscitado se encontra com ele no caminho para Damasco: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (At 9,4). Sente-se chamado por Cristo (Fl 3,12), que se torna sua chama interior, de quem será grande anunciador.
Paulo realiza grandes e significativas viagens de evangelização por todo o Mediterrâneo pregando Cristo aos Judeus e aos pagãos. Sofre grandes perseguições e por muitos momentos é preso. Além das viagens, deixa como marco de evangelização, importantes cartas a amigos e comunidades que hoje compõem o Novo Testamento das Sagradas Escrituras. Por seu amor a Jesus Cristo entrega sua vida totalmente, sendo martirizado, provavelmente no ano 67 em Roma.
Pedro e Paulo exerceram atividades diferentes, em campos diferentes, mas o Amor a Jesus Cristo e a força do testemunho os uniram na vida e no martírio. Seus nomes personificam a Igreja na ininterrupta Tradição que tem como centro Jesus. Só pela escuta e fidelidade da Palavra de Deus, sustentada pelo Espírito Santo, pode a Igreja se tornar perfeita no amor em união com os bispos e todo o povo de Deus.
Somos chamados para dar continuidade na obra de evangelização, seguindo o ensinamento dos Apóstolos. A liturgia de hoje nos revela que, em meio ao mundo que nos encontramos, precisamos ter certeza de nossa fé e, iluminados pelo Espírito Santo, podemos nos identificar com Jesus, o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16), e proclamarmos o seu Reino com nossas vidas.
Ele é a rocha firme em que a Igreja está fundamentada, na qual somos pedras de edificação. No curso de nossa vida terrena em busca do reino dos céus conforme nos relata a 1ª e 2ª Leitura; a oração é algo indispensável, pois sustenta a fé e promove a liberdade para testemunhar Jesus Cristo.
Precisamos desempenhar bem as nossas funções na igreja, sermos firmes na fé e ter coragem para seguir em frente. Vemos a mão de Deus agindo e a força do Espírito Santo conduzindo a Igreja no mundo atual.
Como os Apóstolos Pedro e Paulo, também enfrentamos muitos desafios. Satanás é astuto e não pede licença para atrapalhar nossa missão de servir. São muitos ataques, bondades disfarçadas de falsas amizades, ingratidões, violência por toda parte, conflitos e guerras constantes, correntes ideológicas que querem impedir a Igreja de ser sinal de salvação para todos.
Confiemos na ação do Espírito Santo que vai conduzindo a Igreja que pertencemos e que nós, sejamos cristãos coerentes com a missão de evangelizar e realizar a justiça do Reino de Deus, a começar com nossa vida. Estejamos em paz e firmes ao chamado, não nos desviando do seu caminho, por melhores que possam nos parecer. Temos que continuar firmes como São Pedro e São Paulo estiveram com Jesus Cristo, corajosos a serviço dos nossos semelhantes.
Direto da Santa Missa em seu Lar
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