Este é o dia que o Senhor fez para nós: Alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 117).
Assim nos fez rezar o salmo, pois o Senhor é bom, é misericordioso, mostrou suas maravilhas, veio em nosso socorro, acolheu-nos em seu amor e nos deu vida nova. Por isso, este domingo, dia do Senhor, é dia de festa e alegria, é o dia da “Nova Humanidade”, pois o Senhor Ressuscitou.
Após uma caminhada de penitência, de oração e caridade, na qual fomos convidados a fazer uma revisão da nossa vida, a Ressurreição do Senhor é uma mão estendida para que a humanidade se levante e viva em plenitude. Jesus por várias vezes anunciou que apesar das perseguições, dos sofrimentos e da morte que sofreria, ressuscitaria.
Ele plantou em nós a esperança e a “esperança não decepciona” (Rm 5,5). Hoje, vemos essa esperança se realizar. – Ainda em nossos dias continuamos a ver muitos sinais de morte: ódio, vingança, violência, drogas, exclusão, racismo etc. Estes sinais tentam impedir que a pedra do túmulo seja removida, e ela parece cada vez mais pesada, fazendo a vida perder seu brilho. Não percamos a esperança, o Senhor Ressuscitado nos convida a caminhar com Ele e superar os desafios de morte, pois somente nele podemos receber a vida em plenitude, a vida eterna. Deixemo-nos envolver pela luz do Ressuscitado. – A fé em Cristo Ressuscitado, que é a expressão do amor e da esperança, gera o testemunho.
Na primeira leitura, na pessoa de Pedro que fala, vemos a ação missionária dos discípulos que saem pelo mundo anunciando o Cristo Ressuscitado, a Boa Nova do reino e a conversão. Fortalecidos pelo Espírito do Ressuscitado, os discípulos entram em territórios desconhecidos e excluídos, terra dos gentios (povo pagão) e ali se encontram com pessoas de todos os tipos. Este novo jeito de ser Igreja em saída, rompe e supera o antigo esquema de puros e impuros, merecedores e desprezíveis do Reino.
Os apóstolos anunciam que Jesus é a realização do projeto de Deus. Ele que só fez o bem é o exemplo que deve ser imitado e testemunhado. E para ser discípulos é preciso temer a Deus e viver a justiça.
No Evangelho, vemos o testemunho da Ressurreição de Jesus a partir do túmulo vazio. É a vitória da vida sobre a morte, é a passagem da escravidão para a libertação. A luz da vida resplandeceu. E neste grande acontecimento, presenciamos a passagem da incredulidade para a crença na ressurreição.
As atitudes de Maria Madalena (sair correndo e a incerteza de onde colocaram o Senhor) e dos discípulos (não tinham compreendido), revelam que ainda eles e a comunidade não tinham aceitado a morte de Jesus e não acreditavam na ressurreição. Para essa comunidade, a escuridão não mais teria fim. Embora sem orientações, pois procuram no lugar errado, voltam ao túmulo, mas conservam no coração um sinal de esperança, pois saem a procura do Mestre.
O encontro do túmulo vazio e organizado com faixas de linhos deitadas ao chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus enrolado num lugar a parte, apontam para a Ressurreição. São conduzidos a compreender que Jesus não é mais um prisioneiro da morte, mas o Ressuscitado, o esplendor e doador da vida em plenitude! O encontro com o Ressuscitado despertará a fé viva dos discípulos e os fará testemunhas da Ressurreição.
Na segunda leitura, ouvimos a exortação de Paulo ao Colossenses: é preciso viver segundo a sabedoria de Deus e não segundo as corrupções do mundo. O cristão, pelo Batismo, é convidado a compartilhar a sorte de Cristo. Ora se Cristo, pela sua ressurreição, está na glória junto de Deus, também aos seus discípulos é garantido essa Boa Nova, mas para que isso aconteça é preciso esforço, dedicação e vivência segundo os ensinamentos do Senhor.
Hoje somos vivificados, motivados e inspirados pelo Cristo ressuscitado. Não podemos ser pessoas e comunidades mortas e presas no túmulo. Diante dos desafios do mundo atual, devemos ser agentes da ressurreição. Levar esperança a todos! O Jubileu nos recorda que serão chamados filhos de Deus todos os que promovem a paz (Mt 5,9). Ele nos motiva a sermos sinais de esperança junto aos presidiários, aos doentes, às pessoas com deficiência, jovens, migrantes, idosos e os pobres. O amor deve gerar em nós a fé na Ressurreição e essa fé deve nos lançar na missão de sermos as testemunhas de Jesus Cristo, peregrinos de esperança, vivendo seus ensinamentos
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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