Na celebração deste domingo do Tempo Comum o Reverendo José Neilo em sua homilia nos fala que Deus é Santo desde o início do mundo. Que Ele decidiu comunicar sua santidade ao ser humano. Elegendo um povo, definindo patriarcas, chamou profetas e escolheu algumas mulheres. Na plenitude dos tempos, Jesus Filho de Deus, que também é Senhor e Santo, transmitiu a sua santidade à Igreja, por meio dos Sacramentos que trazem aos homens a vida de Deus.
Por seu Espírito sustenta e santifica toda a humanidade. Desta forma a santidade cristã está aberta a todos. – Hoje nós não celebramos a festa de todos os santos juntos, mas sim algo mais profundo: celebramos o mistério da comunhão dos santos. Eles estão juntos de Deus como nossos intercessores, pois compõem o Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja dos bem-aventurados. Eles estão juntos de nós com seus testemunhos de vida, pois a caridade que viveram nos servem de inspiração.
Assim, podemos refletir sobre a vida dos santos e sobre seus testemunhos, pois souberam doar suas vidas na obediência ao Senhor e no serviço aos irmãos. Então quem pode ser santo? Deus faz este chamado a cada um de nós. Pelo Batismo recebemos essa graça. Um grande líder religioso disse que “Todos nós somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”.
O chamado é para todos! A santidade não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus apenas com suas forças, mas é um dom do amor de Deus. A santidade é a resposta do homem à iniciativa divina que vem ao nosso encontro. – Jesus utiliza o termo “Bem-aventurados!” para definir aqueles que fazem a vontade do Pai, ou seja, aqueles que são santos e vivem a santidade. Esse termo não é tido aqui como um prêmio, mas como uma condição de vida, um compromisso, uma missão, seja para quem dá ou quem recebe, para quem serve ou é servido, para quem socorre ou para quem é vítima. As bem-aventuranças é a promulgação da nova constituição do povo de Deus.
Não tem discriminação e nem fronteiras. A Nova Aliança é estabelecida com os pobres, afligidos, despossuídos, mansos e famintos. Características dos que são chamados a viverem a misericórdia, solidariedade, pureza e a paz. A Nova e Eterna Aliança é com todos e para todos. Assim também é a santidade. – Santos são os pobres em espírito: aqueles que confiam plenamente em Deus e rejeitam toda espécie de idolatria (poder, fama, riqueza, imoralidades, etc).
São os aflitos que choram: aqueles que compartilham o sofrimento dos outros e consolam se em Deus. Santos são os mansos: os que não respondem à violência com violência, mas com amor e amor ao próximo. Santos são os famintos e sedentos de justiça, pois a desejam e praticam. Santos são os misericordiosos: aqueles que voltam o seu coração para o pobre, o miserável, aqueles que se apiedam de seus semelhantes, vive para seus amigos e familiares. São os puros de coração: que conservaram a integridade e não agem com segundas intenções. São os que promovem a paz, a caridade como fez São Francisco de Assis, pois criam laços de amizade. Santos são os perseguidos por causa da justiça: os que sofrem para que o projeto de Deus continue firme. Que se entregam a Deus de corpo e alma para o servir e evangelizar, realizando sua vontade, levando a boa nova a todos os lares, e a todas as pessoas que desejam ouvir suas palavras e as colocá-las em prática.
Por ser um compromisso sério e exigente, só vive as bem-aventuranças quem se deixa conduzir e sustentar pelo Espírito Santo. Para ser mais preciso, basta observarmos o testemunho de São Francisco de Assis, um jovem da alta sociedade, rico, que se tornou simples, humilde a favor de seus semelhantes, que enfrentou grandes desafios e nos deixa um testemunho grandioso de santidade e vocação. Não fez para se mostrar, mas por amor e para a defesa da vida. Foi um servo do Senhor, por que teve Cristo como modelo a ser seguido! – E quanto a nós, o que podemos fazer? Se conseguirmos viver os valores do Evangelho e seguirmos o testemunho dos santos, herdaremos o grande presente de Deus: seremos chamados seus filhos conforme vimos na primeira leitura, contados entre o número dos eleitos. Seremos considerados como os que fizeram a experiência de Jesus Cristo narrado na 1ª leitura de hoje.
As bem-aventuranças levam-nos a adquirir uma visão elevada, superior, sobrenatural. Dão-nos critérios diferentes e nos mostram que os bens do espírito estão muito acima dos bens materiais. Nem a falta dos bens, nem a dor, a doença, a injustiça… nada disto é capaz de abalar aqueles que confiam plenamente em Deus.
Direto da Redação com imagens e edição de Vinicius Domingos
Padre auxiliar: Frei José Neilo Machado
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