Neste domingo, a liturgia nos faz refletir sobre a nossa unidade em Cristo. Continuamos vendo o testemunho da ressurreição dado pelos discípulos de Jesus. Para dar um testemunho autêntico, precisamos estar unidos a Ele. Sem ter vínculo com Cristo, nosso testemunho não é verdadeiro. É esse o critério fundamental para sermos discípulos de Jesus. O discípulo é aquele que segue o mestre, que obedece seus ensinamentos.
– A primeira leitura traz o testemunho fiel de Paulo. Ele havia demonstrado por palavras e atos que não estava unido a Cristo. Foi preciso que outro Apóstolo, Barnabé, tomasse Saulo consigo e o apresentasse à comunidade. Como Barnabé era alguém de confiança, as pessoas aceitaram sua palavra e acolheram Saulo, que seria o grande missionário.
– O testemunho de Barnabé a respeito de Saulo o introduziu na comunidade, e ele pôde então desenvolver seu trabalho missionário com a firmeza e a coragem que lhe era peculiar. Saulo de Tarso era o verdadeiro nome pelo qual o Apóstolo Paulo era inicialmente chamado, sendo mais conhecido atualmente por São Paulo. O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio afirma ser cidadão romano de nascimento (Atos 22:28). Provavelmente essa declaração indica que sua cidadania foi herdada de seu pai. Até este versículo, o apóstolo é chamado de Saulo; a partir de então passa a ser chamado de Paulo.
– Paulo tornou-se um dos Apóstolos mais importantes, embora não tivesse tido a graça de estar pessoalmente na companhia de Jesus. Ele propagou o cristianismo e formou muitas comunidades. Com Paulo e os demais, a Igreja crescia de Comunidade em comunidades.
– Na segunda leitura, da Primeira Carta de São João, encontramos o pedido para amar não apenas com palavras ou com a língua, mas com obras de verdade. Somente assim demonstraremos que estamos unidos a Cristo. Quem ama, faz o bem a seu semelhante, e assim, tem a consciência tranquila. Esse deve ser o comportamento do discípulo missionário de Jesus Cristo.
– No Evangelho, Jesus se apresenta como a videira verdadeira, tendo Deus Pai como agricultor e nós, seus discípulos, como os seus ramos. Essa imagem mostra o sentido da unidade a Cristo. Quem está unido a Ele está unido a Deus, e quem está unido a Deus produz bons frutos. Todo discípulo deve se esforçar para estar unido a Cristo e permanecer nesta união.
– Como numa videira os ramos envelhecem e se enfraquecem, é preciso que, vez por outra, seja podada para dar novos brotos, recuperar e se revigorar, mas nunca se desconectar desse tronco que é Cristo. São muitos os desafios que nos enfraquecem enquanto ramos dessa videira. Por isso não podemos deixar de nos alimentar pela seiva que vem do tronco dessa videira que é Cristo. Perder o vínculo é seguir por outros caminhos e não produzir bons frutos.
– Ser cristão exige experiência sólida com Jesus, compromisso efetivo com suas propostas para a instauração do Reino de Deus. Sem a vivência das boas aventuranças, podemos até nos autoproclamar cristãos, acreditando que somos, mas seremos ramos desligados da seiva vital que nos vem do Senhor. Precisamos pertencer a verdadeira videira.
– Coloquemo-nos nas mãos do agricultor, Deus Pai, para que Ele cuide de nós que somos os ramos. Não murmuremos quando ele nos podar, pois é para o nosso bem, para o nosso crescimento. Ramo que nunca foi podado não produz frutos de qualidade. A poda é dolorosa, mas é necessária. Precisamos nos manter unidos à videira que é Cristo e produzir bons frutos: frutos de justiça e de paz; frutos de amor a Deus e ao próximo; frutos de compromisso com a vida evitando polarizações e violências, sendo mais amáveis uns com os outros.
Direto da Santa Missa
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