Na sua humildade e submissão à vontade do Pai, mesmo reconhecendo a sua pequenez, Maria assumiu a missão de Mãe do Salvador, e não ficou nos lauréis que o título lhe conferia. Entregue ao Espírito Santo, ela se determinou a servir a Deus, não perdeu tempo, não reteve nada para si e, se oferecendo para ser serva do Senhor, correu para ajudar Isabel, sua prima, que precisava do seu auxílio!
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Movida pelo Espírito Santo, Isabel, com estas palavras acolheu Maria na sua casa e confirmou para ela a graça que havia recebido de Deus para ser escolhida a Mãe do Salvador.
Na primeira leitura o texto relata a transferência da arca da Aliança – sinal da presença de Deus no meio do povo – para a tenda em Jerusalém. Com isso, Davi centraliza o culto em Jerusalém, cidade por ele conquistada e transformada na capital de Israel. Maria é a arca da Nova Aliança, pois carregou em seu ventre o Filho de Deus encarnado.
Na segunda leitura Paulo traça um paralelo entre Adão (de quem veio a morte) e Cristo (de quem veio a ressurreição). Cristo se manifesta como primícias dos ressuscitados, e todos os que o seguem em vida o seguirão também na ressurreição. Se Cristo ressuscitou, todos ressuscitaremos. A assunção de Maria ao céu pode ser vista como antecipação da ressurreição de todos os fiéis.
A página do Evangelho apresenta o alegre encontro de duas mulheres, cheias do Espírito Santo de Deus: Isabel e Maria, cada qual trazendo em seu seio uma criança – respectivamente, João e Jesus. Deus recorre a pessoas simples e humildes para realizar sua vontade.
Assim, pois, o Espírito Santo a confirmou como mãe do Senhor quando João Batista pulou no ventre de Isabel, e esta disse: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Inspirada nos livros do Antigo Testamento Maria cantou o Magnificat assumindo ser bem-aventurada pelos prodígios que nela aconteciam. No canto do Magnificat, Maria comunica para nós a sua gratidão e seu reconhecimento a Deus pela sua escolha quando canta: “doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor”.
Humilde serva, Maria, antes de casar com José, foi exaltada e escolhida por Deus para receber em seu ventre o verbo encarnado. Ela exulta pelas maravilhas que o Poderoso realiza em favor do povo. A alegria de Maria plenifica-se no encontro definitivo com seu filho na glória.
Com Maria, somos também bem-aventurados, porque acreditamos nas promessas do Senhor e cheios do Espírito Santo sentimos a presença de Jesus que nos motiva a ir ao encontro das Isabel que hoje estão à nossa espera. Nossa Senhora é nosso modelo, por isso, agradecidos, nós também dizemos quando rezamos o rosário: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!”
Você acredita que Nossa Senhora está no céu ao lado de Jesus e que intercede por nós? – Você tem Nossa Senhora também como sua mãe? – Como é a sua devoção para com Maria? – Você costuma rezar o terço e pedir a sua benção? – Você que tem certa intimidade com Maria, estaria disposto a se entregar, como ele fez, para atender um pedido de Deus? Ore hoje com Maria e sinta o carinho e a ternura dela, como sua mãe, rainha do céu e da terra!
O amor de Deus se concretiza por meio da dedicação, do esforço e da doação generosa em servir, e não pelo poder da força. Cheia do Espirito Santo e bendita entre as mulheres, Maria é fonte de paz e a alegria de quem acredita na Palavra de Deus e se põe a serviço dos planos divinos, não deixando que nenhum obstáculo venha tirar a boa vontade de servir quando as boas oportunidades aparecem. As maravilhas de Deus realizam-se quando há pessoas generosas que se entregam como “servas, servos”em suas mãos.
Direto da Santa Missa
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