Diego Esteves, filho do jornalista Marcelo Rezende, apresentou o último dos quatro episódios do especial “As Grandes Entrevistas de Marcelo Rezende”, exibido pela Record TV em comemoração aos 65 anos da emissora, na última quinta-feira, 13/9.
“Sinto ele permanentemente do meu lado, me acompanhando a cada passo. Desde adolescente, descobri que o jeito de passar mais tempo com ele era indo nas reportagens”, relembrou.
Diego fez questão de ressaltar o trabalho do pai: “Acompanhei as principais matérias da carreira dele, sentado ali atrás, quietinho, lá no fundo do estúdio. Hoje estou aqui, no lugar onde ele brilhou, consciente, graças a Deus, de que meu pai será inigualável”.
“Quanto mais famoso ele foi ficando, mais ele se virou para a família”, garantiu.
Diego Esteves publicou uma homenagem ao pai Marcelo Rezende, que morreu no dia 16 de setembro de 2017 de câncer no pâncreas e no fígado. O rapaz postou foto antiga ao lado do pai e um texto inédito do jornalista, lido pelos filhos.
O texto começa contando como Marcelo e a família moravam dentro de uma escola do Serviço de Assistência ao Menor na Ilha do Governador, no Rio. A residência ficava próxima ao aeroporto internacional Tom Jobim.
As aeronaves despertavam a imaginação do menino Marcelo e ele perguntava para a mãe, que trabalhava na Aeronáutica, o que se comia durante as viagens de avião. A mulher, no entanto, nunca tinha feito viagens de avião e não sabia responder.
”Até que um dia ela me trouxe uma bandeja com a ‘comida de avião’. Que decepção. A comida de minha mãe era milhões de vezes melhor”, conta. Marcelo cresceu, se tornou jornalista e, segundo afirma no texto, chegou a fazer 54 viagens internacionais em um só ano.
Em uma das partes mais emocionantes do relato, Marcelo finaliza contando que tem um filho morando ”em cada canto” e que eles vão viajar muito: ”Antes que você me faça alguma pergunta, vou dizer logo: nós – você e eu – vamos viajar muito a partir de agora”.
”Boa viagem meu pai”, se despede Diego em sua postagem.
”A única luta que se perde é aquela que se abandona”, disse Che Guevara, mas bem que poderia ter saído da boca do meu velho”.
Fonte: EM/JC
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