Miguel Brendo, sobrevivente do acidente do Globocop – que aconteceu na última terça-feira (23), no Recife, em Pernambuco – apresentou melhora. O operador de transmissão, porém, teve de passar por uma nova cirurgia, na última quinta-feira (26).
“No dia 24 foi realizada tomografia de crânio e cervical que não apresentou lesões cirúrgicas. Ontem foi realizada cirurgia na cavidade abdominal para retirada de compressa e drenagem do tórax. Hoje foi observada melhora no quadro clínico”, detalhou o boletim médico, nesta sexta-feira (26).
Vale lembrar que o rapaz deu entrada no Hospital Recuperação com lesões na cabeça, no rosto, membros superiores e inferiores e no abdômen. Até o momento, continua internado no centro médico. Ele segue respirando com ajuda de aparelhos e está sedado, com uso de drogas vasoativas. Na quarta (24), foi realizada tomografia de crânio e cervical que não apresentou lesões cirúrgicas.
Operador de sistemas, ele era responsável pela captação, gravação e transmissão de imagens. Ele trabalha na Helisae, prestadora de serviço da TV Globo há mais de 15 anos e dona do helicóptero, há um ano e meio. Foi também na Helisae onde fez o curso de operador de sistemas.
Acidente
Segundo informações da Infraero, o Globocop decolou do hangar, localizado ao lado do Aeroporto Internacional do Recife, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana, às 5h50 (horário local) da terça (23). A aeronave decolou com destino ao litoral.
As polícias Civil e Federal abriram inquéritos para investigar o caso. Segundo o delegado da Polícia Federal Dário Sá Leitão, responsável pela investigação, a fuselagem vai ser periciada com calma para se chegar à conclusão dos motivos do acidente. A Polícia Civil informou, na sexta-feira (26), que as investigações ficaram a cargo da Polícia Federal. A PF apontou, na ocasião, que não havia recebido nada oficial, portanto, não poderia repassar novas informações.
Vítimas
Das três pessoas que estavam na aeronave no momento do acidente, duas morreram. Uma delas, o piloto, Daniel Galvão, tinha 36 anos, era casado e não tinha filhos. Segundo o pai do piloto, Geraldo Galvão, Daniel era apaixonado pela aviação. Ele foi sepultado sob comoção na quarta-feira/24.
A outra vítima fatal do acidente é a 1º sargento da Aeronáutica Lia Maria Abreu de Souza, de 34 anos. Com 17 anos de atuação, ela já trabalhou em São Paulo e no Acre antes do Recife. Segundo a Aeronáutica, ela fazia parte do efetivo do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III). Ela foi convidada pela Helisae, empresa dona da aeronave, para participar do voo na noite da segunda (22). Dos três ocupantes da aeronave, o moço Miguel Brendo foi o único a sobreviver.
Por Matheus Aguiar/MSN
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