O homem preso após a morte de três pessoas baleadas em Itajubá/MG confessou os crimes, mas disse que a ação foi motivada por abusos das vítimas aos seus filhos, afirmou a Polícia Civil. O rapaz, de 34 anos, foi preso no início da noite desta quinta-feira (14) após disparar contra moradores do bairro rural Capetinga.
A informação inicial era de que o rapaz havia brigado com a namorada e ido buscar as coisas dele, mas quando saiu da residência teria tido um ataque de fúria e disparado contra as vítimas. Uma quarta pessoa ainda escapou dos disparos.
O homem fugiu em um carro que foi encontrado no bairro Boa Vista pouco depois. Na sequência, o suspeito foi localizado e preso no mesmo bairro. A casa onde ele morava foi incendiada por parentes e moradores revoltados.
Para evitar novos tumultos e por segurança, a polícia levou o rapaz direto para o presídio de Itajubá, onde ele foi ouvido e confessou o crime.
“Supostamente um vídeo estaria circulando, e que as vítimas, em tese, teriam abusado dos filhos dele. Ele não viu, ele só ouviu falar. E aí ele praticou esses três homicídios”, disse o delegado Marcel Ângelo.
A Polícia Civil instaurou inquérito e vai investigar o caso, e mais pessoas serão ouvidas. Essa não foi a primeira vez que o rapaz foi preso.
“Ele já tem passagens já, por furto. Agora a gente vai representar pela prisão preventiva dele, no final do flagrante aqui, para que ele permaneça preso até que se esclareça melhor os fatos”, completou o delegado.
Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Pouso Alegre/MG.
Revolta
Irmão do pedreiro Natael Joel Júlio, de 41 anos, que foi uma das vítimas, Jesuel Raine Júlio ainda tentava entender o que aconteceu.
“Todo mundo gostava dele. Todo mundo aqui, amigável dele. Gostava de beber a pinguinha dele, mas não prejudicava ninguém, entendeu? Então fica difícil você analisar uma pessoal assim. É crueldade, uma pessoa cruel, uma pessoa do mal”, afirmou.
Do lado do irmão dele, foi baleado o também pedreiro Evaldo Fernando Norberto, de 52 anos. “Triste. O Fernando não vai voltar mais. Agora nós queremos justiça”, disse a cunhada Ivanilde Costa.
A terceira vítima, também baleada à queima-roupa, foi o aposentado Francisco de Paula, de 91 anos. A neta foi uma das últimas a conversar com ele.
“Eu acho uma injustiça, porque ele era uma pessoa boa, ele ajudava todo mundo do bairro. Quando precisava, ele ajudava. Eu acho que não tinha necessidade de fazer isso com ele não”, lamentou Jade Beatriz de Paula.
Fonte: G1 Sul de Minas
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