O Diretor Acadêmico da Unidade de Fátima, Prof. Dr. Diego Pereira representou a Univás no seminário promovido pelo Semesp no dia 09 de abril de 2025, em Brasília, com o tema central voltado para as questões a utilização de tecnologias no Ensino a Distância (EAD).
O evento reuniu representantes de instituições de ensino superior de todo o país, especialistas internacionais em educação, autoridades governamentais e profissionais do setor.
Um dos grandes destaques do seminário foi a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do IDP, Gilmar Mendes, que enalteceu a importância do Semesp no cenário nacional e reforçou que a educação é o principal instrumento de transformação social.
Ao falar sobre os desafios enfrentados pelo EAD, o ministro alertou para o impacto das inovações tecnológicas — especialmente da inteligência artificial — sobre os modelos educacionais, destacando a urgência de uma regulação responsável.
“Estamos passando por uma revolução tecnológica que impacta o ensino. Isso nos fascina e nos assusta, em especial com o uso da Inteligência Artificial”, declarou Mendes.
A abertura do evento foi conduzida pela presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, que reiterou o papel da entidade na construção de diretrizes para um novo marco regulatório do EAD.
Ela destacou o trabalho iniciado em 2024 para garantir que a modalidade continue ampliando o acesso ao ensino superior com qualidade e responsabilidade. Teixeira também demonstrou preocupação com a instabilidade jurídica causada pelo adiamento sucessivo da publicação do novo decreto.
No primeiro painel do evento, o professor de Harvard Eric Masur e o diretor da Diretoria de Regulação da Educação Superior do MEC, Daniel de Aquino Ximenes, discutiram os fundamentos do novo marco regulatório do EAD. Masur defendeu que a tecnologia é essencial, mas deve estar a serviço da pedagogia e da aprendizagem, e não ser tratada como um fim em si.
Já Ximenes trouxe uma perspectiva governamental, enfatizando que a construção do novo marco é fruto de diálogo com diversos atores do setor. Ele reconheceu os desafios relacionados à qualidade do EAD, mencionando críticas baseadas em resultados como o ENADE, mas reforçou que o MEC apoia a modalidade e que o novo decreto buscará equilibrar expansão e excelência.
Entre os principais temas debatidos no seminário estiveram a regulação e qualidade no EAD, com análises sobre o atual cenário regulatório e propostas de aprimoramento voltadas à garantia da qualidade dos cursos e à valorização das avaliações institucionais; o engajamento e a permanência dos alunos, com a apresentação de estratégias inovadoras para aumentar o envolvimento dos estudantes em ambientes virtuais, enfrentando desafios como a evasão e a desmotivação; e a inovação tecnológica, com destaque para ferramentas e plataformas que estão transformando a dinâmica do ensino a distância, especialmente no que se refere à usabilidade, acessibilidade e personalização do aprendizado.
Encerrando o seminário, representantes de universidades norte-americanas compartilharam suas experiências bem-sucedidas no ensino a distância. Alissa Nostas, da Arizona State University, apresentou os cinco pilares do engajamento no EAD: presença comunitária, aprendizado ativo, agenciamento do aluno, avaliações autênticas e personalização do ensino. Ela também abordou os desafios práticos enfrentados pela instituição, como evasão, conectividade e usabilidade das plataformas. Rachael Sears, da Southern New Hampshire University, trouxe exemplos de como sua universidade utiliza a tecnologia para automatizar tarefas operacionais e potencializar a aprendizagem personalizada, com apoio contínuo aos docentes e uso intensivo de dados para validação de resultados.
A participação da Univás neste importante seminário reafirma seu compromisso com a inovação, qualidade e novos projetos, com uma abordagem centrada no aluno e atenta aos avanços tecnológicos, a Univás se posiciona entre as instituições que buscam não apenas acompanhar as mudanças, mas contribuir ativamente para uma educação superior cada vez mais acessível, inclusiva e transformadora.
Ascom/FUVS
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