A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual. Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).
A melhor forma de informar e mostrar a nossa capacidade de compreender o que acontece na questão sobre o COVID-19 através da reflexão da Dra Lucia Pellanda (Reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre)
Tem muita gente dizendo que tanta confusão pelo coronavírus é exagero, que o vírus não é de nada, é uma gripe e não precisamos nos preocupar. Tem doenças que matam muito mais, como a dengue e o sarampo, e ninguém está noticiando. Tem muita gente dizendo que a situação é grave e recomendando cuidados. Afinal, na Itália está todo mundo trancado em suas casa, e o país inteiro está em quarentena.
Quem está certo?
Cada um tem sua razão, por motivos diferentes. É verdade que o COVID-19 não é tão perigoso, do ponto de vista individual. O seu risco de pegar é baixo e, mesmo que você pegue o vírus, tem a chance de ele ser uma gripe leve, o que acontece em 80% dos casos. Por isso, não há mesmo motivo nenhum para pânico.
Mas é aqui que precisamos diferenciar o risco individual do risco coletivo. O vírus não é tão perigoso assim, mas ele se espalha com MUITA facilidade. E está presente no Brasil.
E é aí que está o problema. Uma doença em si pode não ser tão perigosa, mas se TODO MUNDO TIVER AO MESMO TEMPO isso pode levar ao colapso do sistema de saúde. Lembrem que este sistema de saúde já está sobrecarregado com as outras epidemias e todas as doenças crônicas, e a gente não tem o luxo de escolher qual é a mais importante neste momento.
Precisamos atender a todos. Por exemplo, em muitos estados e municípios suspendeu-se as aulas não pelo coronavírus, mas para não haver um surto na cidade.
A boa notícia é que tem alguma partezinha que cada um de nós pode fazer nesse momento. Se fizermos uma restrição voluntária da nossa movimentação, isso pode ajudar a evitar uma restrição muito maior – e mandatária- mais adiante, porque ajuda a retardar a propagação do vírus. Quem tem pouco risco pelo vírus, quem pode tomar cuidados, quem pode ficar em casa, ajuda, e muito, quem não pode ficar em casa, quem tem muito risco pelo vírus e quem não tem tanto acesso ao sistema de saúde.
Solidariedade se chama.
É o seguinte: onde você acha que é mais provável pegar a doença ou transmitir o vírus? Em casa, vendo série, ou em uma festa lotada de pessoas? (Não é querer empatar a vida social de ninguém, mas graças a uma única festa o número de casos cresceu em São Paulo. No dia 11 de março, um terço dos infectados em Berlim, na Alemanha, tinham ido a duas danceterias – e este é um motivo bem importante para cancelar eventos com grande público, como jogos esportivos e shows. missas, cultos).
Então, quem é jovem, bem alimentado, saudável e inteligente, pode fazer muito para proteger quem não tem tantas vantagens. A vovó que é diabética, o pai hipertenso, a prima que tem aquela imunidade mais baixa, enfim.
Por isso, quando você fica em casa e pratica todos os cuidados preventivos (lavar muito as mãos, cobrir a boca ao espirrar ou tossir, limpar as superfícies: você ajuda sua vovó, sua tia, e um monte de gente que você nem conhece. E também ajuda a si mesmo, porque mesmo sendo uma gripinha, vai que, né? Se der para evitar, por que não? E imagina ter que procurar atendimento e encontrar todos os hospitais lotados?
E mais uma coisa bem importante: fazer alguma coisa, fazer a sua parte, ajuda a diminuir o medo. Canalize o medo para fazer coisas úteis pela comunidade, como ficar em casa, espalhar informação correta e trabalhar como voluntário, se puder. Negar o problema é um outro tipo de medo, né não?
Por Geraldo Costa – Adaptações JC – Foto Rede Social
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